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ISBN: 978-65-87289-23-6
SE20. Etnografia, compromisso e colaboração: desafios para uma antropologia contemporânea

Coordenação: Edviges Marta Ioris (UFSC), Ricardo Verdum (Laced/MN)

Sessão 1 - Etnografias situadas e compromissos na prática
Participante(s): 
Daniela Fernandes Alarcon (Universidade da Pensilvânia), Fabio Mura (UFPB), Katiane Silva (UFPA)
Debatedor(a): Myriam Jimeno (Universidad Nacional de Colomb)

Sessão 2 - Questões teórico-metodológicas e ético-políticas na produção do conhecimento antropológico
Participante(s): 
Joanne Rappaport (Georgetown University), João Pacheco de Oliveira Filho (Museu Nacional/UFRJ), John Ernest Gledhill (The University of Manchester)Debatedor(a): Rosa Elizabeth Acevedo Marin (UFPA)

Sessão 3 - Perspectivas e questões da antropologia indígena
Participante(s): 
Florêncio Almeida Vaz Filho (UFOPA), Joziléia Daniza Jagso Inacio Jacodsen Schild (UFSC), Luana da Silva Cardoso (Luana Kumaruara), Rute Morais Souza (UNB)
Debatedor(a): Felipe Sotto Maior Cruz (UNEB)

Resumo: 
Desde a década de 1970, a Antropologia latino-americana tem pautado severas críticas aos cânones hegemônicos de produção de conhecimento antropológico sobre os povos indígenas, que seguiam tomando-os como um "primitivo" e distanciado objeto de estudo, ignorando os processos de violência e extermínio a que estavam submetidos. Marco fundamental para um giro político e epistemológico na Antropologia foi estabelecido pelo Simpósio La fricción interétnica en América del Sur fuera de la región andina, realizado em Barbados em 1971, propondo novas perspectivas teórico-metodológicas que dessem conta dos processos de dominação e violência a que os povos indígenas estavam subjugados, e de uma relação dialógica e cooperativa com seus interlocutores de pesquisa. Embora tenha se dado em outro cenário político, seus preceitos seguem vigentes hoje, seja pela violência, despojo ou pressão sobre os recursos naturais em seus territórios que continuam, seja pelo imperativo de uma antropologia dialógica e comprometida na defesa dos povos originários por reconhecimento, direitos e bem viver. Este SE reunirá pesquisadores/as que, a partir de suas investigações, aprofundaram a discussão e trouxeram relevantes contribuições teóricas, metodológicas e éticas ao estudo de processos socioculturais com pessoas e comunidades vivendo em contextos de violência e resistência, de disputa sociopolítica e acesso à justiça, e de construção e restabelecimento de capacidades de agência individual e coletiva.