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ISBN: 978-65-87289-23-6
MR21: Do Mapeamento das Coleções Etnográficas no Brasil aos desafios de uma rede nacional de colaboração

Coordenação: Adriana Russi Tavares de Mello (UFF)

Debatedor/a: Marilia Xavier Cury (Museu de Arqueologia e Etnologia USP)
Participantes: Lucia van Velthem (Museu Paraense Emilio Goeldi), Alexandre Gomes (UFPE), Geslline Giovana Braga (UFPR), Adriana Russi Tavares de Mello (UFF)

Resumo:
A iniciativa do Comitê de Patrimônios e Museus da ABA para a realização do Mapeamento das Coleções Etnográficas no Brasil se estrutura a partir de uma rede nacional de colaboração, cujos desafios são de diferentes ordens. Essa rede é constituída por pesquisadores, estudantes e voluntários (as) das mais diferentes instituições e comunidades, distribuídas nas cinco regiões do país. Iniciada em dezembro de 2018, esse mapeamento visa identificar objetos e coleções etnográficas que estejam sob a guarda de museus, centros culturais e outras iniciativas culturais comunitárias. Seu principal objetivo é congregar num único local informações gerais sobre estas coleções, cujas informações na atualidade estão dispersas e pouco sistematizadas. Futuramente tais informações poderão ter distintos usos pela comunidade acadêmica, mas principalmente pelas comunidades e populações tradicionais associadas às coleções. O propósito desta mesa é apresentar resultados preliminares, trazendo para a discussão dificuldades e avanços metodológicos, éticos, teóricos e conceituais.

Palavras chave: Mapeamento; Coleções etnográficas; Museu
Resumos submetidos
Muito além de objetos e coleções
Autoria: Geslline Giovana Braga
Autoria: O mapeamento das coleções etnográficas na Região Sul do Brasil, tem revelado além de quantidades de museus que abrigam coleções de objetos de indígenas, caiçaras, quilombolas e imigrantes, as realidades das instituições museais, principalmente no estado Paraná. Muitas das instituições municipais padecem com a ausência de políticas públicas permanentes para museus, são geridas ao sabor de administrações sem especialistas e aos poucos diante da sua própria decadência e precariedade deixam de produzir sentidos para a própria comunidade e detentores. Como o Mapeamento das Coleções Etnográficas da Associação Brasileira de Antropologia pode contribuir para pensar políticas públicas para museus municipais e comunitários serão os temas abordados nesta explanação.
Museus etnográficos: territórios de (re)significações
Autoria: Adriana Russi Tavares de Mello, Lucia van Velthem
Autoria: A presente comunicação se volta para os museus enquanto territórios de atuação na garantia do direito à memória de modo amplo. Em relação aos povos indígenas, a natureza histórica das coleções etnográficas amplia a compreensão das relações estabelecidas no passado com os não indígenas. Ademais, tais coleções permitem desencadear, entre esses povos e no presente, processos de (re) significação voltados para questões relativas ao patrimônio cultural, a memória social, e aos campos de atuação identitária, contribuindo de modo efetivo para o protagonismo político atual dos povos indígenas.