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ISBN: 978-65-87289-23-6
MR17: Desafios éticos e metodológicos enfrentados por pesquisadores nos estudos sobre os usuários de substâncias psicoativas.

Coordenação: Regina de Paula Medeiros (PUC-Minas),  Edward MacRae (UFBA)

Debatedor/a: Regina de Paula Medeiros (PUC-Minas)
Participantes: Claudia Girola (PF), Oriol Romaní (URV), Luana Malheiro (Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da UFBA)

Resumo:
Mudanças vêm ocorrendo no campo dos estudos sobre o uso de substâncias psicoativas. Antropólogos focam suas atenções sobre um campo considerado apanágio quase exclusivo dos estudos em saúde ou direito. A atenção dada aos aspectos culturais da questão traz uma série de implicações teóricas, metodológicas, políticas e éticas. Muita atenção deve ser, e é dada aos cuidados necessários para com a segurança e o respeito à dignidade humana dos sujeitos das pesquisas. Nesse escopo, surgem questões: a garantia da sua própria segurança, pois, sua presença em determinados contextos ou situações, pode comprometê-lo e colocá-lo em risco de ser acusado de apologia e auxílio ao crime ou sua participação em redes de tráfico de drogas; as mulheres pesquisadoras estão vulneráveis a assédios ou violências sexuais: a segurança e sigilo dos dados dependem da inviolabilidade de seus documentos, apontamentos, gravações, fotografias; os cientistas sociais não gozam do direito legal para garantir o sigilo de suas fontes; a responsabilidade do pesquisador em relação às populações estudadas e das maneiras de devolver os resultados obtidos; os entraves burocráticos na academia em torno de pesquisas antropológicas, ao se propor que sigam os critérios dos estudos nas ciências da saúde; os prazos curtos e rígidos para a conclusão de pesquisas, limitando ao que se pode pesquisar. São esses alguns, os mais importantes, dos temas que esta mesa redonda pretende abordar.

Palavras chave: Desafios éticos metododológicos; Pesquisas antropológicas; substancias psicoativas.