Sessão 1
Participante(s): Caio Pompeia Ribeiro Neto (USP), Piero de Camargo Leirner (UFSCar), Raquel Giffoni Pinto (UFF)
Debatedor(a): Laura Graziela Figueiredo Fernandes Gomes (UFF)

Sessão 2
Participante(s): Andrea de Souza Lobo (UnB), Caio Gonçalves Dias (MN/UFRJ)
Debatedor(a): Antonio Carlos Motta de Lima (UFPE)

Resumo:
As elites continuam um campo de estudo ainda escasso na antropologia brasileira. Quando realizados a partir de recortes etnográficos localizados, podem lançar novas perspectivas de entendimento sobre a sociedade brasileira e, assim, contribuir, de forma inovadora, como ponto de partida reflexivo e de mediação empírica para a compreensão de novos fenômenos sociais. O fato de as elites contribuírem para o aumento da exclusão e desigualdade sociais, especialmente na conjuntura política e econômica atual, é aspecto a ser considerado. Intencionando estimular este novo campo de pesquisa, propomo-nos discutir, a partir de um dossiê por nós organizado, intitulado O pacto contracivilizador e o entre-lugar das elites brasileiras: as ambíguas relações com o passado, o presente e porvir, algumas questões relativas à composição e o lugar que ocupam as novas elites ligadas ao agronegócio, setores religiosos, militares, da tecnologia da informação e prestação de serviços, entre outras. Na atual conjuntura, tais grupos controlam recursos específicos por meio dos quais adquirem poder político e vantagens materiais. Nesses termos, a proposta contempla também vislumbrar, a partir do ponto de vista de alguns desses pesquisadores, as possíveis tendências que influenciarão (ou não) os rumos do país após a disputa presidencial de 2022.